Carreira artística e raízes culturais
Você é cantora, compositora, jornalista e produtora independente. Como se relacionam estas facetas em sua trajetória e processo de criação artística?
Minha formação em publicidade e propaganda, somada a minha experiência em comunicação e gestão de projetos, tem influenciado profundamente em meu autogestão como artista. Todo esse conjunto me forneceu ferramentas-chave para gerenciar equipes, projetos e eventos. Embora às vezes eu trabalho sozinho, em outras ocasiões, formou equipes para levar adiante projetos musicais e artísticos. Minha experiência como comunicadora me ensinou a pensar na música como uma carreira profissional e como um ambiente de trabalho sustentável, abrangendo desde a composição e a criação, até a gestão financeira e o desenvolvimento de relações profissionais.
Suas raízes no sul do Brasil e a sua vida em Garopaba parecem estar muito presentes em sua música. Qual o impacto dessas experiências e o território em sua identidade sonora?
Sou do interior do Rio Grande do Sul, onde cresci, mas há cinco anos e moro no litoral, atualmente em Garopaba. É uma cidade que recebe muito turismo no verão, especialmente argentinos, uruguaios e outras nacionalidades. Embora eu não tenha conseguido viajar tanto como eu gostaria, essa diversidade cultural em Garopaba me permitiu aproximar-me a diferentes culturas. Aqui também existe um grande movimento artístico, como o projeto Ema Garopaba, que reúne músicos para actividades colectivas de composición, gestionadas por Tiago Bra. Este entorno de colaboración y el paisaje natural de Garopaba, especialmente el mar, influyen enormemente en mi proceso creativo. Componer para mí significa absorber todo lo que me rodea, desde el azul del océano hasta el verde del bosque. Este lugar también me ayuda a cuidar mi salud física y mental, algo que inevitablemente se refleja en mi música.
Relação com o Festival Akará e a tua visão
O Festival Akará celebra a diversidade cultural e a resistência. Como estão estes valores ligados com sua música e sua carreira?
O Festival Akará é uma idéia que leva tempo gestándose. Mas aqui o foco principal parece ser a praia e o surf, também há uma rica diversidade musical na região. Titi (produtor do festival) tem um olhar muito carinhoso para a música local, que inclui não apenas Garopaba, mas também Floripa, Lagoa e Guarda do Embaú. Akará é uma celebração desses encontros musicais que ocorrem de forma natural nesta região, organizada em um evento de quatro dias. É uma oportunidade para que tanto o público como os músicos se conectem com a música autoral e não apenas com as paisagens. Este festival procura gerar experiências de intercâmbio entre artistas de diferentes países, como entre os músicos e o público. Estou muito feliz por fazer parte disso e de que uma proposta tão enriquecedora sido cobrada vida.
O que significa para você participar de um festival que reúne artistas de toda a América Latina e o mundo, em um lugar tão simbólico como Praia do Rosa?
Recentemente participei no Festival Da Serena, no Uruguai, e foi o exemplo perfeito do que significa misturar e celebrar a diversidade musical. Akará tem essa mesma intenção: reunir artistas de toda a América Latina para compartilhar experiências e criar comunidade. Para mim, como artista, este tipo de eventos são uma oportunidade única para colaborar, aprender e se conectar com novos públicos e culturas. Além disso, servem para fortalecer a cena musical autoral e promover uma troca que enriquece tanto para os músicos como para o público.
Akará é uma celebração desses encontros musicais que ocorrem de forma natural nesta região, organizada em um evento de quatro dias. É uma oportunidade para que tanto o público como os músicos se conectem com a música autoral e não apenas com as paisagens. Este festival procura gerar experiências de intercâmbio entre artistas de diferentes países, como entre os músicos e o público.
Próximos passos e futuro artístico
O ano começa com a sua participação neste festival. Quais são seus próximos passos?
Minha intenção é continuar este movimento de colaboração e intercâmbio. Nos próximos três meses, pretendo seguir em turnê, explorando e compondo. No inverno, eu quero gravar um disco com composições inéditas e parcerias, para lançá-lo no próximo ano com uma nova turnê. Este álbum será inspirado nas experiências dos últimos anos, em festivais e encontros que tenho vivido, como Akará e Serena. Será um projeto coletivo, dedicado às pessoas e músicos que marcaram o meu caminho. Meu objetivo é refletir a riqueza musical e cultural da América do Sul, mostrando como os encontros humanos alimentam a minha arte.
Migrarte, autogestão e mobilidade artística
Como artista independente, qual a importância das ferramentas de auto-gestão e a comunidade artística como Migrarte para impulsionar projetos e corridas?
As ferramentas de autogestão e as plataformas como Migrarte são essenciais para os artistas independentes. Através destas, podemos nos conectar com diferentes públicos e culturas, o que tem um impacto direto em nossas carreiras. Por exemplo, muitos dos contatos que fiz surgiram em festivais como A Serena ou NOA Tem que Andar na Argentina, onde conheci artistas com quem estou trabalhando. Esses encontros geram afeto, intimidade e uma troca de histórias e culturas que vão além do âmbito profissional.
Migrarte, em particular, me parece uma plataforma que facilita a vida dos artistas, ao conectar-se a pessoas com os mesmos objetivos e valores. Além disso, promove uma comunicação sustentável e coerente. Agradeço profundamente ao computador de Migrarte por criar este espaço que nos permite sonhar com uma mobilidade artística mais acessível e segura. Minha intenção para este ano é continuar a explorar e desenvolver, e plataformas como esta são aliadas fundamentais para alcançar esse objetivo.
As ferramentas de autogestão e as plataformas como Migrarte são essenciais para os artistas independentes. Através destas, podemos nos conectar com diferentes públicos e culturas, o que tem um impacto direto em nossas carreiras.
Obrigado Amanda, por sua sinceridade, sua música e sua energia. Desejando que eu pudesse ouvi-lo logo em sua apresentação no Festival Akará 🤗
→ Te contamos mais sobre o Festival Akará AQUI.
→ O NOA Tem que andar tem aberta sua convocação 2025, você pode conhecer as bases AQUI.
Que hermoso lo que cuenta Amanda! MIGRARTE , Gracias por hacernos crecer a los artistas